Como os pais podem ensinar noções de segurança às crianças

Segurança Pessoal
21/02/2016

Oferecer noções de segurança para crianças é essencial para se certificar de que os pequenos estarão devidamente protegidos, pois saberão lidar com os perigos do dia a dia. E isso vale tanto para dentro de casa como para a rua, no campo ou até mesmo a internet! É importante ter em mente que garantir que as crianças vivam com segurança é uma responsabilidade dos pais, que devem ter essa preocupação desde cedo, evitando assim colocar os próprios filhos em risco. Para que a molecada entenda a importância de seguir certas regras, é essencial que os adultos usem a abordagem certa. Quer saber de que maneira? Então veja no post de hoje como os pais podem ensinar noções de segurança às crianças:

Atenção aos acidentes domésticos

O lar doce lar deveria ser um local totalmente seguro para a criança, certo? No entanto, isso nem sempre acontece. Sabia, por exemplo, que os acidentes domésticos são a principal causa de morte de crianças até os 14 anos? Alarmante, não concorda? Entre os mais graves acidentes que afetam a segurança da criança, destacamos os seguintes:

  1. Quedas de altura
  2. Queimaduras
  3. Afogamento
  4. Choques Elétricos
  5. Envenenamento
  6. Asfixia

Pois para evitar qualquer fatalidade, é primordial tomar alguns cuidados, existindo a necessidade de supervisão constante das crianças, especialmente as com menos de 5 anos.

As quedas são de longe as causas mais comuns e correspondem a cerca de 45% dos acidentes com crianças. Por isso todo cuidado é pouco. Redes e grades nas escadas e janelas são fundamentais para proteger as crianças. Caso não exista proteção nas janelas ou varandas, jamais deixar cadeiras ou demais itens que possam servir de apoio para as crianças.

Antes de mais nada, explique aos pequenos o que pode ou não ser feito dentro de casa, mostrando para o que serve cada coisa e o que é permitido ou não em relação aquele item específico. Remédios e produtos de limpeza, por exemplo, só devem ser usados por adultos. Seja enfático em relação aos perigos que eles oferecem para as crianças e explique o motivo. O fogão e o ferro de passar também são itens que merecem atenção, pois as crianças podem se queimar. Siga essa linha, falando sobre produto e mostrando por que ele é perigoso.

Com as crianças muito pequenas não adianta conversar, sendo importante criar barreiras que impeçam o acesso a dispositivos ou produtos perigosos, principalmente por que nessa idade existe uma tendência grande de levar tudo a boca. Reforce a atenção com pequenos brinquedos que possam ser engolidos e com as tomadas para evitar choques elétricos. Atenção com as plantas. Os pequenos adoram colher plantinhas ou frutinhas e levar a boca. Existem plantas bastante tóxicas.

É importante, ainda, fazer sua parte ao adequar a arrumação da casa pensando nos pequenos. Para isso, deixe substâncias perigosas guardadas em lugares altos e, de preferência, trancadas. Evite tapetes escorregadios e dificulte o acesso às janelas. Os acidentes sofridos pelos adultos podem ser bons exemplos para alertar as crianças sobre os cuidados. Assim, uma queimadura na mão ao tirar um bolo do forno e o corte ao usar a faca sem atenção devem ser explicados e mostrados como exemplo dos perigos

O afogamento é algo que merece uma atenção especial. Pesquisa da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa) indica que afogamentos são a segunda causa de morte de crianças de 1 a 9 anos no Brasil. Perdem apenas para acidentes de trânsito. E um dado amplia o alerta aos pais: 53% dos óbitos por afogamento são em piscinas. Até que a criança saiba nadar é fundamental uma supervisão constante quando existir atividades próximas a uma piscina, lago ou mar. As boias de braço são uma boa alternativa para minimizar os riscos. Defina os limites para criança e esclareça até onde ela pode ir no mar ou na piscina. Não consuma bebida alcoólica enquanto estiver supervisionando crianças nessa situação. Uma distração de 5 minutos pode ser fatal.

Em todas essas situações de risco, é sempre importante conversar com a criança, se possível criar estórias lúdicas sobre os assuntos, sem causar pânico ou terror, mas mostrando de forma firme a importância da criança estar alerta sobre as questões.

De toda forma, independentemente dos alertas, é essencial saber que a responsabilidade é sempre do adulto. Por isso, quem tem crianças em casa deve ficar constantemente de olho no que elas estão fazendo.

O cuidado deve ser redobrado em relação a estranhos

Até agora tudo certo: a criança precisa saber que a responsabilidade pela casa é dos adultos. Assim, abrir a porta de entrada nunca deve ser uma tarefa do pequeno, que sempre deve chamar o adulto responsável caso escute a campainha. Os pais devem fazer sua parte, nunca saindo sem avisar nem deixando uma criança pequena sozinha. Portas devem permanecer sempre trancadas e as chaves devem estar sempre com um adulto.

Mas para que os pequenos realmente entendam a importância de ter cuidado com estranhos, é essencial esclarecer os motivos. Mostre a eles que, apesar de ser importante tratar todo mundo com cortesia e educação, há pessoas ruins, com intenções nada nobres, que podem querer levá-los para longe de casa ou mesmo machucá-los de alguma forma. Mostre que, como não dá para conhecer as intenções de alguém pela aparência, os pais devem estar sempre cientes de tudo o que acontece. Só assim conseguirão protegê-los caso uma pessoa má apareça.

É importante ensinar o mais cedo possível as crianças a serem responsáveis pela sua própria segurança. Estabeleça estratégias junto com ela para que esteja ciente dos perigos que existem na vida e das melhores formas de evitar os riscos.

A questão de pedofilia é algo que deve ser abordado. Alguns especialistas consideram que aos cinco anos já é possível orientar a criança sobre a abordagem sexual imprópria por parte de adultos ou colegas muito mais velhos. Esclareça que não é legal um adulto tocar em algumas partes do seu corpo. Faça isso de forma muito suave, visando não gerar traumas desnecessários e facilitar a comunicação com os pais caso isso venha a acontecer.

Os acontecimentos na rua merecem atenção

Para que um singelo passeio não se transforme em pesadelo, também é essencial mostrar para as crianças os cuidados que elas devem ter fora de casa. Assim, aceitar guloseimas ou qualquer presente de estranhos deve ser terminantemente proibido, explicando que não tem como saber o que há dentro do doce, por exemplo. Crie regras claras para que a criança saiba como proceder caso um adulto tente levá-la contra sua vontade, ensinando que ela deve gritar por socorro e sinalizar que a pessoa não é sua mãe ou seu pai.

E para tentar evitar ao máximo situações que possam comprometer a segurança dos pequenos, programe seus dias! Diga quem vai levá-los e buscá-los na escola e comunique a eles qualquer mudança na programação. Assim elas perceberão rapidamente se algo estiver errado, podendo sinalizar para algum adulto responsável. Atenção na hora de atravessar a rua e cuidados em relação a assaltos também devem ser noções que os pais não podem deixar de passar para os pequenos.

Os cuidados para o plano B caso a criança se perca

Locais públicos que constantemente estão cheios, como praias e parques, requerem regras específicas. E como infelizmente perder uma criança de vista em um local como esse é uma situação bastante comum, é importante criar um plano de ação caso aconteça com vocês. Certifique-se de que a criança sabe o número do telefone de casa e, ainda, coloque sempre no bolso do pequeno um cartão com os nomes e os telefones dos pais. Oriente o pequeno a mostrar o cartão para alguém, de preferência um funcionário ou uma pessoa uniformizada, caso se perca.

Cuidados no Campo e com os animais

É sempre gostoso sair da cidade com as crianças, mas é importante orientá-las corretamente para que não existam problemas. Comprar livros de animais e explicar quais são aqueles que devemos tomar cuidado é algo divertido e bastante educativo.

Cuidado com os animais peçonhentos, como cobras, aranhas e escorpiões, é algo fundamental durante uma visita ao campo. Geralmente as cobras picam do joelho para baixo, o uso de botas de cano alto evita até 80% dos acidentes, mas antes de calçá-los, verifique se dentro deles não há cobras, aranhas ou outros animais peçonhentos.

Não acumule entulho e lixo, para não atrair baratas e outros insetos, que são os alimentos preferidos dos escorpiões. Se você for picado, não pise no bicho. Você vai precisar levá-lo ao hospital e o médico precisa reconhecer a espécie para dar o antídoto correto. Colocar gelo no local, tomar um analgésico na hora e ir ao hospital são as recomendações.

A internet deve ser tratada como um terreno perigoso

É praticamente inevitável: as crianças estão usando a internet cada vez mais cedo. Assim, por mais que a casa tenha regras em relação ao uso da web, é possível que os filhos naveguem sem supervisão em algum momento. Nesse caso, mais uma vez, conscientização é palavra de ordem. Explique para as crianças quais são as situações que oferecem risco, dando exemplos e mostrando as consequências que um bate-papo inocente pode ter.

Dependendo da idade da criança, sinta-se à vontade para limitar o uso da internet e para escolher quais sites podem ser acessados e quais são expressamente proibidos. Como a responsabilidade pela segurança de um menor é sempre do adulto, ficar atento às atividades da criança tanto off-line quanto on-line faz parte do trabalho.

Explicar noções de segurança para crianças é essencial para evitar acidentes e situações de risco para os pequenos. É importante ser claro em relação a regras e sempre conversar sobre episódios possíveis, exemplificando o máximo possível para os pequenos entenderem. Fale a língua da criança e faça com que ela seja uma aliada, afinal, prevenir é sempre melhor que remediar!

E então, pronto para começar a repassar essas lições importantíssimas para seus filhos? Acha que nos esquecemos de algum detalhe? Comente aqui e compartilhe suas sugestões conosco!

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