Apesar da parte mais burocrática e, às vezes um pouco chata, mudança é sempre uma experiência interessante. Escolher um novo lugar para viver, traz uma série de novidades para a vida: novo bairro, novos vizinhos, novos horizontes, enfim, mudar de casa ou apartamento é realmente mudar uma parte importante do dia a dia.
Por tudo isso, é bom ter em mente que a decisão vai influenciar em muitos aspectos, daí a necessidade de fazer uma escolha bem pensada e considerar vários fatores – mesmo aqueles que na empolgação podem passar batido.
Separamos 7 dicas sobre o que considerar e pesquisar antes de bater o martelo e assinar o contrato:
1 – Segurança é fundamental
Antes de qualquer coisa, conheça um pouco sobre o bairro para onde pretende se mudar. Conhecer a rotina do local, se há segurança particular nas ruas próximas e saber um pouco sobre o índice de criminalidade são alguns pontos importantes. O site da secretaria de segurança pública de cada estado disponibiliza muitas dessas informações, mas a pesquisa in-loco é muito válida e talvez seja mais rica. Por isso, tente visitar o bairro ou a rua específica onde está interessado em horários alternativos. Dessa forma, você conseguirá ter uma ideia sobre a movimentação, se tem algum estabelecimento que faz muito barulho até tarde, muito ou pouco trânsito de veículos e por aí vai.
Nesse primeiro momento de pesquisa, também vale a pena bater um papo com seguranças do condomínio, porteiros ou zeladores, eles costumam ser pessoas solícitas e prontas para ajudar com informações sobre o prédio e sobre o bairro. Analise a cultura de segurança do condomínio, e o treinamento da equipe, verificando se no Regulamento Interno existe uma preocupação com o assunto. Observe as rotinas de controle de acesso do local, especialmente no que se refere a prestadores de serviços e visitantes. Além disso, vale conversar com moradores da região. Geralmente, eles saem pela manhã ou fim do dia para passear com animais de estimação, e esse pode ser um bom momento de abordá-los informalmente para saber um pouco sobre o local.
Verifique as instalações do prédio, verificando se a estrutura física e eletrônica de segurança são adequadas. Sistema de CFTV, portões duplos e segurança perimetral são ítens mínimos que devem existir.
Saiba mais sobre condomínio seguro em nosso Guia de Segurança para Condomínios.
2 – Informe-se sobre as instalações hidráulicas e elétricas
Esse é um daqueles tópicos que passam despercebidos, mas que são super importantes principalmente em caso de prédios mais antigos. Saber sobre o histórico do apartamento e sobre as instalações hidráulicas e elétricas são formas de prevenir surpresas e gastos inesperados. A melhor maneira de descobrir mais sobre isso é conversando com o zelador ou síndico do prédio. Ou, ainda, é possível contratar um profissional especializado para fazer uma vistoria geral nas instalações. Se optar pela primeira alternativa, questione a respeito desses pontos e saiba se houve manutenção recente.
Analise, também, a manutenção do prédio como um todo, certificando se existe planejamento de manutenção periódica e previsão orçamentária para manter o condomínio sempre em boas condições.
3 – Luz do sol e ventilação
A luz do sol é fundamental para uma casa clara, iluminada e renovada. Por isso, certifique-se que o seu apartamento vai receber essa visita pelo menos uma vez ao dia, de preferência pela manhã. Ventilação também é um ponto a ser analisado. Avalie se o local é bem arejado e se o banheiro possui exaustor.
4 – A garagem e a sua vaga
A maioria dos apartamentos hoje em dia tem uma ou mais vagas na garagem. Os mais antigos, às vezes, não possuem, por isso, se você tem um automóvel, precisa dessa informação antes de qualquer coisa. Mas, além de saber da disponibilidade da vaga, é preciso saber a sua disposição na garagem e se existe sistema de sorteio. Há vagas quase impossíveis de parar um carro, principalmente os de grande porte. Por isso, visite a garagem e peça para ver a posição exata da sua futura vaga. Ter dor de cabeça todos os dias para entrar e sair do carro não deve estar nos seus planos, não é mesmo?
5 – Áreas comuns
Dependendo da sua rotina, as áreas comuns do prédio podem ser muito utilizadas. Piscina, academia, salão de festas, brinquedoteca. Morar num condomínio pode significar ter quase tudo em alguns metros quadrados. Mas entenda antes como essas áreas funcionam, as regras e valores para utilização. Isso pode mudar bastante de condomínio para condomínio e ter conhecimento antes não o deixará surpreso quando precisar reservá-las.
6 – Localização e facilidades
Não menos importante, são localização e facilidades. Com o trânsito cada vez mais pesado das grandes cidades, escolher morar muito longe do trabalho é um erro. São horas e horas gastas todos os dias. Por isso, na medida do possível, busque locais com fácil acesso à região da empresa. Além disso, faça uma pesquisa geral por supermercados, farmácias, restaurantes, hospitais e, para quem tem filhos, escolas para as crianças. Quanto mais desses itens próximos, mais comodidade para você.
7 – Valor do Condomínio e IPTU
Por último e não menos importante, verifique o valor do condomínio e IPTU. Prédios com poucos moradores costumam ter valores elevados de condomínio. A taxa de inadimplência existente pode gerar impactos significativos no valor também. O IPTU varia de acordo com a localidade, mas deve ser considerado junto com a taxa condominial, para verificar se está compatível com seu orçamento mensal disponível.