“Eles coletam peças nos lixos por aí ou recebem doações de equipamentos como televisores, celulares, fitas de vídeo cassete e outros. Desmontam os mesmos para extrair o cobre e outros materiais de valor e, em muitos casos, acabam, sem saber, sendo pessoalmente contaminados ou contaminando o meio ambiente quando esses equipamentos estão danificados e as partes pelas quais eles não se interessam são inapropriadamente manuseadas ou descartadas nos lixões, terrenos ou até nas ruas. Para piorar, quando ocorre uma chuva, esses contaminantes vão parar na rede pluvial ou são absorvidos pelo solo e podem alcançar o lençol freático”, ensina Cintia Pereira, gestora ambiental e cofundadora da Coopermiti.
Ela ilustra: “Os televisores de tubo possuem bário, cádmio, arsênio e chumbo. Se algumas partes racharem e vazarem, as consequências são desastrosas. Já as fitas VHS, que aparentemente são inofensivas, contêm material magnético composto de óxido de ferro e cromo. São apenas alguns exemplos de elementos tóxicos integrantes de equipamentos comuns e familiares nos lixos que podem causar desde leves reações na pele até severas e irreparáveis agressões aos sistemas respiratório e nervoso, dependendo da quantidade e forma de contato”.
É justamente pela convicção sobre a relevância crescente do assunto e a necessidade de se promover a consciência, educação e capacitação de todos os agentes da cadeia – produtores e consumidores de eletroeletrônicos, intermediários, entidades governamentais e recicladores – que a Aster e a Coopermiti se uniram nessa iniciativa, que deverá ter sequência e ser expandida nos próximos meses.
Aster, um jeito diferente de fazer segurança.
A Aster é uma empresa de segurança e serviços terceirizados para condomínios residenciais e comerciais, com 15 anos de atuação no mercado e mais de 1.200 funcionários.
Por acreditar na importância de um ambiente tranquilo e seguro para viver e trabalhar, investe muito em tecnologia e em pessoas, já que inovação e comprometimento com segurança e bem-estar estão em primeiro lugar.
A ação vai ao encontro dos princípios da Aster. Para a empresa, “nenhum homem é uma ilha”, ou seja, de nada adianta as pessoas se trancarem em fortalezas cada vez mais intransponíveis e se isolarem dos problemas em seus espaços particulares, se não for possível zelar pela estabilidade e melhoria das condições sociais e ambientais do entorno.
A partir desse pensamento surgiu o projeto “Zelando Juntos”, que iniciou em 2017 com a realização e publicação – em conjunto com o Instituto Agires de Articulação Social –, de um estudo das áreas vulneráveis na Vila Leopoldina, Zona Oeste da cidade de São Paulo. Chamado “Zelando Juntos pela Vila Leopoldina, além do mapeamento dos pontos de fragilidade do bairro, o estudo apresentou propostas concretas de ações para melhoria da segurança na região.
Desta vez a ação foi realiza na City Boaçava para promover a educação e conscientização do descarte correto do lixo eletrônico. !
Segundo Fábio Fragoso, sócio-diretor da Aster, “pessoas, processos, tecnologia e consciência social e ambiental são os pilares do nosso trabalho, que fazem da Aster uma empresa de segurança, facilities e automação realmente diferenciada. O evento é mais uma oportunidade de conscientizarmos as pessoas sobre a importância do convívio social produtivo e ambientalmente correto”.
Coopermiti: exemplo nacional e geradora de oportunidades.
Ao buscar um parceiro que tivesse comprovado know-how em coleta e reciclagem de equipamentos eletroeletrônicos para ajuda-la na realização da ação, a Aster se deparou com um trabalho do mais alto nível, digno de padrões internacionais, executado pela Coopermiti. “Ficamos bastante impressionados com o rigor com que a entidade executa seu trabalho em termos de protocolos, procedimentos e processos”, afirma Fábio.
A Coopermiti tornou-se um exemplo nacional de cooperativa especializada em reciclagem de lixo eletrônico, fazendo da atividade um negócio de importante impacto social. Seu Sistema Integrado de Gestão é certificado ISO 9001 e ISSO 14001. !
O Brasil é um dos países que mais gera resíduos eletrônicos no mundo. Dados da ONU revelam que dos quase 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico produzidos anualmente no mundo, cerca de 1,4 milhões, que vêm a partir do setor da informática, são provenientes do Brasil. Segundo estimativas da ONU apenas 13% do lixo em geral é reciclado em todo o mundo. No Brasil, são somente 2%.
Segundo Cintia Pereira “nestes 10 anos de atividade foram capacitados 174 cooperados e coletados quase 2,5 mil toneladas de resíduos eletroeletrônicos. O descarte incorreto é o pior destino para esses equipamentos porque passam a ser perigosos quando expostos ao sol e a chuva, uma vez que podem liberar substâncias como Mercúrio, Cádmio, Cobre, Cromo, entre outros. Esta ação conjunta com a Aster visa promover a conscientização e educação ambiental para o aumento do descarte adequado dos resíduos eletroeletrônicos”.